Sim, eu sou safada



Hoje você me ligou. Foi normal. Quero dizer, foi estranho, surpreendente, mas ainda assim, normal. Nenhum sentimento exacerbado, nada fora de controle. Coração no lugar e o resto do corpo também. Engraçado que um pouco antes da sua ligação eu estava no banheiro do trabalho e lembrei de um dia em que estávamos ao telefone. Eu estava com saudade e você falando besteira do outro lado da linha.



- Sabe, estou com saudade de você. Só a sua voz já me excita. – eu disse toda manhosa.



- Está? Só a minha voz? Então prove.




- Como assim? Você sabe que eu não posso sair daqui. Estou no trabalho.



- Eu não disse para você sair. Você pode provar daí mesmo. Vá até o banheiro e toca uma gostosa para mim. – você disse com um jeito malicioso de falar que você sabe que acaba comigo.




- Mas como, não dá. O banheiro aqui faz eco e o telefone não pega lá. Fica sem sinal, cai a ligação.




- Então você não está como disse. Se estivesse, sei que correria para o banheiro e gemeria baixinho pra eu ouvir.



- Não é isso e você sabe. Aqui não dá. Entra gente toda hora e faz eco. Imagina uma criança aqui e eu gemendo no banheiro?




- Tá, se você não quer, não faz. Não vou ficar insistindo. (E fez bico, tenho certeza)



- Eu prometo que quando eu chegar em casa eu corro pro banho e enfio o dedinho devagar, gemendo baixinho só pra você ouvir. Não briga comigo, vai.



- Tá, mas acho que até lá eu já não vou mais querer da forma que eu quero agora. Agora seria inesperado, com medo, nervosismo a mil, adrenalina na veia. Depois deixa pra lá. (ô pessoinha difícil de se agradar)



- Ok, não vou me estressar porque você sabe que se desse, eu faria. Mas não dá. Não dá mesmo.



Terminamos de falar o que tínhamos para falar e desligamos. O clima já não era o mesmo, mas a tensão no ar mexeu com meus instintos. Eu sabia que era arriscado, mas só de ouvir a sua voz eu já me arrepio e só em pensar que você poderia estar do outro lado da linha de pau duro na mão, se tocando pra mim enquanto ouvia meus gemidos e sussurros... já me deixava molhada.



(Detalhe que agora, enquanto escrevo me excito novamente. Sinto-me umedecer e os bicos dos meus seios rijos ao pensar na possibilidade de seu pau estar em minha boca.)



O desejo falou mais alto e mesmo após ter desligado o telefone, eu queria me tocar. Eu queria sentir meu sexo pegando fogo com o pensamento em você. Arrastei-me para o banheiro, vacilante em alguém me ouvir. Ao entrar, tranquei a porta e levantei a blusa, para que ficasse na altura de minha boca e abafasse meus gemidos. Encostei-me na parede, abrindo o zíper e abaixando aquilo que parecia uma muralha entre o meu prazer e a urgência que meu corpo sentia. Enfiei o dedo médio na boca, lambendo sua ponta devagar, imaginando a cabeça de seu pau na minha boca (minha boca encheu d’água agora), lambendo devagar e o deixando bem molhado. Desci com ele até o meu sexo, que parecia estar casa vez mais molhado, à espera do meu prazer. Acariciei devagar, pressionando de leve, respirando ofegante enquanto enfiava o dedo devagar. Gemi baixinho. O medo de alguém me ouvir só fazia aquilo tudo mais excitante. Eu tirava e enfiava o dedo em um ritmo agradável, sem pressa, deliciando-me com cada movimento. Logo eu já estava rebolando em meu próprio dedo. Gemi novamente. Eu sabia que sozinha não conseguiria chegar ao fim. Sozinha eu não conseguiria gozar e acabaria ficando com todo aquele tesão acumulado em mim. Nem por isso parei. Continuei enfiando o dedo devagar e com força, um e depois dois. Senti meu cuzinho piscar de inveja, mas o mantive assim. Não. Ainda não era hora de envolvê-lo nisso. Ele merecia atenção especial de um nobre visitante. Ele merecia sucumbir aos prazeres da carne de uma forma mais delicada e reconfortante. Eu puxava meus cabelos e passava a mão em minha nuca, enquanto a blusa em minha boca ainda abafava meus gemidos e sussurros.



Fiquei ali poucos minutos, que pareceram uma eternidade. Não de uma forma que parecesse ter sido ruim, mas de uma forma que eu necessitava de você. Meu corpo tinha urgência do seu. Meu sexo procurava pelo seu. Eu queria chupar seu pau inteiro, grosso, teso, latejando em minha boca e lamber suas bolas, fazendo carinho em suas mãos, como já fizera.




Em uma fuga alucinada de mim mesma, obriguei-me a parar e relaxar. Senti uma onda de calor pelo meu corpo. Não, eu não estava gozando. Era apenas como se meu sexo brigasse com minha mente por deixá-lo na mão. Por instigá-lo a meu bel prazer e fugir da raia como uma menina acuada. Mas não adiantaria continuar. Você sabe que eu não chego ao fim sozinha. Você sabe que eu não gosto de estar sozinha. Por fim, relutante, subi a calça, ajeitando a calcinha e me recompus. Desejei que estivesse ali, ou que ao menos soubesse o que eu estava fazendo. Respirei fundo, lambi os dedos. Sim, eu sou safada demais. Eu gosto de lamber meus próprios dedos após me tocar. Passei o dedo gelado no bico dos seios, ainda rijos. Lavei o rosto e saí, deixando para trás meu ultimo suspiro.





***



Amanha, será que rola? Se rolar, vai ter que quicar e dar até cambalhota.



Beijoselambiidas, Flux*

5 comentários:

  1. Realmente delicioso como contou..
    pena que não gozou..
    Beijos

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  2. Ah, meninos, que bom que gostaram. Escrevi com muuuito tesão.

    Ao Olavo: Pois é, meu caro. Eu nunca gozo sozinha... chato, né?
    Beijoselambiidas, Flux*

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  3. Uma "finesse" digna da sua sexualidade !

    que pena que não gozou [2]

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