Mas será que muda?


O Olavo (aquele HOMEM maravilhoso do Certezas) postou hoje mais cedo em seu blog uma frase de efeito. – O CASAMENTO MUDA AS MULHERES.

Mas será verdade?  Ou elas simplesmente se mantêm tolhidas e recatadas durante o tempo necessário para ‘agarrar’ seu marido? Ta, sei que algumas meninas vão passar por aqui me mandando com passagem gratuita para o inferno, mas não posso deixar de analisar isso como uma das visões do mundo moderno.

Antigamente as mulheres eram o modelo de recato e obediência, sendo criadas para serem donas de casa eficientes e mães de família. Com o tempo elas ganharam força e espaço, ganhando direitos e poder de escolha, tornando as vidas dos homens muito mais complicadas.

Eu falo pois observo isso. Observo de perto, com amigas que pensam diferente de mim (graças a Deus!) e outras que acabaram evoluindo em seus relacionamentos, passando de namoradas a esposas. Cada um tem seu estilo. Têm as relapsas, as desprendidas e, claro, não poderia deixar de fora, as psicopatas. Cada uma tem seu lado bom e seu lado ruim, embora eu creia fielmente que as psicopatas não possuam um lado bom nem dormindo (ou mortas, pois depois elas podem voltar para te assombrar!).

As relapsas realmente não ligam pra nada. Se o namorado não ligou, não apareceu ou se disse que vai pro bar ela não está nem aí. Ela simplesmente quer viver a vida dela sem ter que se preocupar com nada. As desprendidas (sem auto-propaganda, mas essa sou EU!) acham que, embora estejam juntos, cada um deve viver sua vida. A hora de estar junto é a hora de estar junto, mas isso não significa que a vida de um dependa exclusivamente do outro nem que o tempo de estar junto signifique 24 horas do seu dia. Já as psicos’... ah, para elas, 24 horas é pouco para estar junto e o celular – se tiver GPS é melhor ainda – foi a melhor invenção da humanidade.

Vou usar como exemplo uma menina que costumava ser minha amiga e depois que casou virou um monstro. Quando namorava era um anjo. Entendia que quinta-feira era o dia do namorado sair com o pessoal do trabalho para beber a santa cerveja, que domingo de manhã era o dia da pelada e que, dependendo do gás, podia sobrar um joguinho à noite também. Sabia que os domingos de final do campeonato eram sagrados e respeitava isso. Ah, e o trabalho até mais tarde então, compreendia fielmente, pois sabia que viria hora extra no fim do mês. Eis que ela descobriu que estava grávida e os dois, dizendo que se amavam, resolveram casar. Um dia eu fui a casa dela, passei o dia e me senti um monstro. Eu sei que a monstra era ela, mas levando-se em consideração que a sociedade acha que as ‘desprendidas’ não amam de verdade, são loucas ou lésbicas, fiquei realmente abismada e até um pouco incomodada por não ser como ela.

A bicha ligou pro marido umas vinte vezes durante o dia, inclusive no horário de almoço do pobre (creio que pelo tom delicado dela ele tenha perdido o apetite). Ah, faça-me o favor. Todo mundo já está cansado de saber que quando quer fazer, faz até com a mulher/homem do lado. Não adianta ligar, perturbar ou encher o saco, que se o cara quiser trair/sair/ter um tempo só para ele, ele vai arrumar um jeito. E isso vale para a mulher também. E quem foi que falou que viver é crime? Que só porque estão em um relacionamento sério com alguém o resto da vida deve ser deixado de lado e você deve viver em adoração ao companheiro.

Enfim, isso não serve para nada além de levar a vida do parceiro paciente à loucura ou o casamento ao fim. O que elas esquecem (sim, pois a maioria das psicos’ são mulheres) é que casamentos acabam, filhos não são garantia de futuro e que sendo assim só atrasam suas próprias vidas, pois são a outra parte de um casamento infeliz e preferem participar de uma união infeliz do que estarem felizes sozinhas. Por isso eu digo que não sei até que ponto o casamento muda a mulher. Pode ser também que elas tenham uma ilusão infantil de que casamento é perfeição e quando se casa tudo vira festa. Esquecem que estar junto - seja casado ou não - é um trabalho diário de paciência, entendimento do próximo, civilidade, demonstração de amor, respeito e claro, vontade. Que, às vezes, ao estarmos juntos, nos anulamos pelo outro com o sentimento de estarmos agradando, amando e provando nosso amor, que está sendo reconhecido, pois quando se está junto por qualquer outro motivo que não seja a vontade, com toda certeza, uma hora ou outra, a relação desmorona.

  Lógico que eu não estou tocando no assunto acomodação/rotina, pois se for falar disso ficarei aqui eternamente, mas eu creio que muitas mulheres de façam de boas entendedoras, cozinhem para seus namorados de boa vontade* e aceitem grande parte das coisas simplesmente para conseguir algo mais sólido imposto pela sociedade, porém, esquecem que uma hora todas as máscaras caem, deixando a verdade nua e crua de à vista e a felicidade do lado de fora de casa.


*Mulheres, vejam bem: não estou dizendo que cozinhar para o namorado não seja bom, mas muitas mulheres e alguns homens vêem isso como obrigação da mulher, coisa que eu também discordo. Sei que agradar a quem se ama é ótimo e não cai a mão ser agradável, mas daí a fazer isso contra a vontade fingindo estar gostando é um pouco além da conta.

**Olavo, meu caro, obrigada pela frase de inspiração. Obrigada também pelas passadnhas corridas aqui no blog e por ser esse homem todo com essa covinha no queixo que me tira o fôlego. 

Beijoselambiidas, Flux

Ah, amanhã farei um post sobre essa 'mudança' com relação ao sexo. 

4 comentários:

  1. Concordo contigo Tara. Mudar não mudam, elas se mascaram e tentam enganar ao homem e a si mesmas, mas quando se vê tá tudo ali, escancarado, como nesta experiência com tua amiga.
    Preferimos ouvir que nao sabem fritar nem um ovo a sermos obrigados a comer verdadeiras "gororobas".

    Beijo, Tara.

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  2. Eu faço das suas palavras as minhas, mas ainda "escondo" alguns detalhes pelo menos nos 6 primeiros meses. Não é mentira nem omissão completa, é pra não assustar mesmo.
    Depois que acostuma e ganha intimidade aí fudeu. rs

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  3. Paulo, eu sei fritar ovo. E cozinhar o resto também! hahahaha Mas que muitas mulheres de fazem de boazinhas e depois se mostram a Medusa, isso sim!


    T. , eu te conheço bem e nao tecerei comentarios a seu respeito, para o seu proprio bem! ahahhaa (E o meu tb!)

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  4. Dentro de uma relação deve have duas coisas básicas: "cumplicidade" e "respeito". No quesito "respeito" entra: respeito a "individualidade", ao "espaço" e a "privacidade" do outro. Por mais unidos que estejam, nunca se deve esquece que o "NÓS" é formado por dois "EUs" diferentes. Por mais parecidos que sejam, os dois lados de uma relação sempre vão ter suas particularidades/individualidades. Devemos abrir mão um pouco do romantismo e ver os 'defeitos' e as qualidades da pessoas que amamos e aceita-la do jeito que ela é.

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