Num domingo qualquer... (Parte 1)

Ele era mais velho. Não que isso fosse um problema pra ela. Pelo contrário. Era uma qualidade, já que estava cansada de meninos mimados brincando de ser homens. Não que ser mais velho fosse sinal de mais maturidade também, já que havia se relacionado com homens beem mais velhos que ela e alguns deles se mostraram ser tão meninos quanto os outros. Mas em sua maioria, os homens mais velhos tinham sempre um algo a mais a oferecer. Muito mais... 

Mas ele tinha aquele jeito que a deixava sem saber como agir, o que falar, o que pensar. Era um turbilhão de ideias e confusões que apareceu quando ela mais precisava. Há tempos ela não se sentia bonita, atraente, desejada. Se sentia magra demais, sem sal demais, comum demais. E assim as coisas fluíram. Troca de olhares na praia, conversas numa sinuca madrugada adentro, sorrisos e olhares. Olhadas de canto de olho analisando os movimentos dela ao redor dos outros, um pouco de ciúme, mas nada demais. Dizem que se sentir ciúme é porque "fodeu". Ela também tinha, mas nunca tocava nesse ponto. A ideia era passar segurança, não criar um problema.

Um domingo a tarde, clima chuvoso, um convite. Ela se arrumou e foi. Vestidinho e casaquinho, sandálias, bolsa. O hidratante de baunilha que ele dizia sentir vontade de comer, perfume. Lingerie. Hã, o que vestir? Nada sexy demais, mas também recatado demais. Uma calcinha de renda e algodão lilás meio termo. Pequena mas não muito. Nada de sutiã. Com aquele vestido não precisava. Ele passou as coordenadas, ela tocou a campainha, ele abriu. "Bem-vinda ao meu lar!" Se sentiu honrada já que ele havia dito que poucas pessoas eram convidadas à sua casa. Entrou. Um cheiro delicioso de comida o ar, um incenso e um back no cinzeiro. 

Comeram, riram, conversaram. Deitados na cama abraçados naquela tarde fria de domingo onde a hora parecia não passar. Falavam de amenidades, das profissões, de política. Falavam e beijavam. As mãos num misto de vontade e recato. As bocas se procurando e se sugando buscando algo mais. O calor ia subindo, a vontade se fazendo presente e as mentes voando. Ele levantou e a observou dos pés a cabeça deitada em sua cama. Sorriu. Ela perguntou, o que? Ele não respondeu. Enquanto ela fazia manha querendo saber o que ele havia pensado, ele abaixou e tocou os pés dela delicadamente. 

- Nãaaao, eu odeio meus pés! - ela disse puxando as pernas.
- Por que? 
- Porque eles são feios! Muito compridos, muito finos e por conta da dança muito maltratados. 
- Não se mova. 

E assim ele continuou. Foi acariciando os pés, as pernas, beijando, apertando, amassando. Ela fechou os
olhos e se rendeu ao toque dele, que foi subindo para as coxas, beijando e acariciando. Puxou um pouco acima a barra do vestido branco e beijou, seguindo para o interior das coxas dela. Aquela sensação de relaxamento foi tomando conta. Ele estava ajoelhado aos pés dela, deliciando-se com o olhar, com as mãos, com a boca. Puxou as mãos dela e seguiu o mesmo enredo, beijando, subindo pelos braços, sentindo o cheiro doce que ela exalava, tirou o casaco, beijou o pescoço dela, roçou a barba... ela riu. Assim eu vou ficar vermelha! A resposta foi rápida: se depender de mim hoje você sai daqui TODA vermelha. E continuou beijando e acariciando cada pedaço do corpo dela. Puxou o zíper do vestido na lateral do corpo, desceu devagar olhando no olhos dela que vidrados num misto de nervoso e excitação não desprenderam do dele. Tirou o vestido e ela deitou novamente na cama. A pele negra, os seios pequenos e redondos, a cintura e aquela calcinha pequena com uma renda ao lado. Era um prato cheio para deliciar-se. 


Beijou-lhe a boca com vontade segurando-a pela cintura. Ela gemeu baixinho. Tirou-lhe os cabelos cacheados da frente e foi descendo pelo pescoço, o colo e chegou nos seios. Beijou um e depois outro. Passeou com a lingua na auréola e depois nos bicos. Sugou, lambeu. Ela arfava calmamente aquela respiração lenta e pesada, segurando a cabeça dele como quem oferecia seu corpo. E ele continuava. Desceu um pouco mais e beijou-lhe o ventre, a cintura e ela riu. Passou os dentes devagar, desceu mais até a barra da calcinha. Ela observava cada movimento. Colocou cada mão de um lado e puxou devagar até passar o pequeno pedaço de pano pelos pés.


Foi descendo pelo umbigo, pélvis e virilha. Lambeu. Quando chegou ao seu sexo, abriu-lhe com calma as pernas e passou a mão devagar. Molhada. Ela estava completamente molhada. Então com a ponta da língua provocou-lhe os sentidos do início da fenda até o fim. Sentiu seu gosto, ouviu um leve gemido. A barba dele
roçava em seu sexo enquanto a lingua trabalhava com afinco e desejo. Sem pudor. Lambia, chupava, acariciava, enfiava um dedo devagar. Ela gemia, respirava fundo com os bicos dos seios em riste e os cabelos espalhados pela cama. Enquanto lambia, apertava-lhe o  bico do seio direito. Um pouco de força, mas não muita. No limite entre a dor e o prazer. E lambia mais, chupava mais, ela gemia mais. Até que não se segurou e caiu do abismo direto na boca dele. Ele sorveu todo seu sabor com a ponta da lingua e depois mais fundo. Subiu o corpo e beijou-lhe a boca. Ela sentiu seu gosto no beijo dele. Meio doce, meio salgado. Pra ela era um sabor comum. Para ele era um presente. Mas era só o início de uma longa tarde de domingo chuvosa... 


* Dedicado ao "mais novo casal carioca" que sempre me lê A.V. C e J. P. G. M.  Prometo escrever mais! 





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