Cerveja, livros e sexo.

Entrou na loja como quem entrava em casa. Ele estava atrás do balcão alto, falando com um amigo e não a viu.
Ela olhava com um sorriso de canto, esperando para ver a reação dele quando a notasse. Não se viam há o que? Uns quatro anos?

Ele levantou o rosto e soltou um sorriso gostoso. Uma risada ligeiramente contida na frente do amigo.

- Grande Laura!

Se abraçaram. Era um carinho enorme que sentiam um pelo outro. Histórias, risadas e beijos que compartilharam sob a luz da lua. Mas nada além disso. Ficava sempre aquele gosto de "continua" de final de filme que nunca continuava.

Papo vai, papo vem. O amigo foi embora. Na parte de trás da livraria, que ostentava um cheiro sensualíssimo de livros e incenso, ele pegou uma cerveja na geladeira e serviu dois copos. Bebiam, falavam, riam. Relembravam o passado distante e o presente. O rumo que as vidas tomaram.


Igor continuava com o mesmo ar boêmio de sempre, com a mesma ternura no olhar de quem carrega um menino interior muito forte. Um homem sonhador. Enquanto ele falava, ela pensava exatamente isso: se tivesse que descrevê-lo em três palavras seriam essas. Sonhador, safado e menino. Não no sentido irresponsável da palavra, mas do jeito leve e maroto que esconde as amarguras no fundo da alma e se transformam em um olhar de menino travesso.

Ela sentou na mesa com as pernas levemente abertas enquanto conversavam. Ele passou pra pegar outra cerveja e roçou o corpo de leve no dela. "Continua safado", ela pensou e se arrepiou.

Enquanto servia mais uma cerveja ele viu a pele com os pêlos eriçados e perguntou o porquê. Ela riu, sem jeito. Havia desaprendido o jeito de seduzir, de conquistar ou ser conquistada.


Ele colocou a mão na nuca dela e a olhou nos olhos:

- Você continua deliciosa. Eu poderia te chupar por horas e só ficar observando suas reações.

Antes que ela pudesse responder um cliente entrou na loja e eles se afastaram rapidamente. A tensão sexual era palpável. Ele foi atender o cliente e ela continuou sentada. Quando ele retornou ela soltou um sorriso de canto de boca. Ele entendeu o convite num ímpeto e a segurou pela nuca beijando com vontade.

As mãos passeavam, os corpos se esfregavam, as respirações se perdiam. Ele passeava a mão pelo interior da blusa dela, que já sentia a umidade entre as pernas. Na bermuda, o pau latejava numa vontade contida por anos.

Laura abaixou e foi beijando peito, barriga, até ajoelhar de frente pra ele. Abriu a bermuda, abaixou a cueca e liberou a pulsação por baixo do pano. Passou a língua devagar. Sentiu o gosto dele. Era exatamente como imaginava. Lambeu com carinho enquanto ele segurava delicadamente o cabelo dela. De surpresa, enfiou tudo na boca e ele gemeu. "Filha da puta gostosa" ele falou baixinho.

Numa vontade extrema de possuí-la, virou o corpo dela e a apoiou em uma estante. Abriu a calça dela e puxou até o chão. Foi tocando dos braços apoiados na madeira, passando pelos seios até a bunda, que apertou com as mãos cheias. Abaixou e caiu de boca enquanto ela estremecia. Lambeu o cuzinho devagar enquanto ele piscava, passava a mão de leve pela boceta molhada, tocava o grelo sentindo crescer.

E ela estava pronta. Tão pronta que a mão escorregava macia no toque. Colocou a camisinha e foi escorregando devagar pra dentro dela. Enquanto entrava, acariciava os bicos dos seios devagar e mordia as costas, o pescoço. Mentia devagar e gostoso, num ritmo quase cadenciado, se segurando pra não encher a camisinha de porra.

O prazer dela escorria pelas pernas. E estava tão próximo. Tãaaaaaao próximo que ele percebeu e parou. Girou o corpo dela pra que ficasse de frente e colocou-a de novo na mesa com as pernas abertas caindo de boca no grelo molhado. Chupou, lambeu, beijou-a na boca pra que sentisse seu próprio gosto. Brincou com o bico do seio dela na ponta dos dentes enquanto ela brincava com o dedo na boceta. Arrastava no dedo no grelo e gemia baixinho. Ele pensou em interromper, mas preferiu assistir enquanto a beijava e chupava seu corpo. Numa profusão de energia ela gozou com a boca dele chupando seu seio e a outra mão apertando sua cintura.

Ele parecia maravilhado. "Me come!" - ela disse quase gemendo sem forças no ouvido dele. Entrou com tudo de uma vez só na boceta encharcada. Rebolando, metendo, gemendo. Ela estava absorta em prazer pra tomar qualquer iniciativa, parecia que ia gozar de novo. Uma mistura de moleza com o poder sexual que emanava. E ele metia com vontade, aumentando o ritmo, enquanto ela gemia baixinho.

Ela recobrou as forças e pediu que ele sentasse na cadeira. Igor era obediente e sentou. Ela sentou por cima, ele gemeu praguejando:

- Caralho.

Nessa posição ela parecia ainda mais apertada. Os músculos da boceta abocanhando o pau dele num movimento suave subindo e descendo. As mãos dele passeavam pelas costas, coxas e todo o corpo dela. A boca por vezes passeava nos seios, no colo, pescoço e beijava com vontade.

E ele não aguentou. Gozou apertando a cintura dela num abraço sufocante.

- Você é maravilhosa. - ele riu passando a mão na cabeça.

- Por que não fizemos isso antes, hein? Se soubesse que seria tão bom tinha te dado antes.

Só os livros foram testemunha daqueles anos de desejo reprimidos. Afundados em livros e cerveja, continuaram a tarde conversando como se nada tivesse acontecido. Afinal, livros só contam segredos se você os abrir.

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