O ultimo caído
As luzes apagadas eram o prenúncio de que o clima esquentaria. O amigo, anfitrião e espectador, sentado na poltrona em seu vicio contínuo, ignorava o que acontecia embaixo das cobertas.
Dois corpos entrelaçados. Eu deitada de costas para ele, corpos colados, respiração ofegante no pescoço, sussurros e afagos. As mãos firmes dele percorrem meu corpo, segurando meus seios e minha cintura. Ficamos assim por horas entre risadas e filmes, ou entrevistas de atrizes pornôs.
Ele desce a mão pela minha cintura chegando ao meu sexo, acariciando devagar, fazendo movimentos circulares, mordendo meu pescoço. Ele sabe como me excitar, sabe onde tocar, o que fazer... Não é nada automático, é a arte de quem sabe, quem sente, percebe e gosta do que vê, do que faz...
O tempo passa e ele continua me excitando, enquanto eu, contenho um gemido. Eu senti um calor percorrer meu corpo e virei meu corpo em direção ao ouvido dele, chegando próximo e falei:
- Eu quero que você passe seu pau devagar no meu cuzinho, forçando um pouquinho e mordendo meu pescoço.
E assim ele fez, obediente, segurando meu peito, puxando minha cintura pra perto de si, enfiando um dedo devagar em mim, acostumando meu corpo, preparando minha mente. E eu ia rebolando no dedo dele, mordiscando, gemendo, relaxando. E quando eu pedi ‘enfia, vai’, sua sobrancelha elevou-se em uma confirmação de certeza, e eu gemi de novo, baixinho, pedindo com carinho. Com a mais pura suavidade do mundo, ele se forçou para dentro de mim, devagar, com calma, arrancando um gemido baixo de minha boca. Ao mesmo tempo em que eu queria mais, ele, com perícia e medo de me machucar, dosava na medida certa o quanto me daria, até que eu rebolei junto com ele e puxei seu corpo para perto de mim, cravando fundo e fundindo nossos corpos.
Eu rebolava, ele metia, num ritmo suave ao som de ‘When you say nothing at all’, no maior estilo Um lugar chamado Nothing Hill, fizemos amor. Meu corpo queria suga-lo para dentro de mim com força, com vontade, com urgência, enquanto ele me dava estocadas firmes e delicadas, respeitando meu espaço, beijando minhas costas, ora virando meu rosto para me beijar, ou apenas apertando minha bunda.
E foi bom. Na verdade, foi ótimo. Nada daquilo que todos dizem. Nada de dor. Nem pouca, nem muita, nenhuma. Não senti dor em momento algum. Não senti medo ou arrependimento em nenhum segundo. Estava ao lado de quem confio, ao lado do escolhido e foi simplesmente, maravilhoso, mesmo com os ‘filhas da puta’ e os arremedos de soco no teclado.
* Perdoe por não conseguir expressar mais do que isso. Acho que desaprendi a escrever, sei lá.
Viajei agora na cena...
ResponderExcluirPor alguns segundos, enquanto ele chamava meu corpo para perto do seu, demos as mãos e o mundo poderia simplesmente acabar ali.
Não poderia ter se expressado com tamanha delicadeza.