Concierge Girl - Mr. M

Povo, terminei de editar o conto da Blueberry e finalmente postarei para vocês. Bem tranquilinho, nada muito picante, na verdade até meio triste, mas deu tudo certo no final. Espero que gostem da moça. 
Flux* 

Para minha estréia fiquei pensando em alguma coisa interessante para contar a vocês. Depois de muito pensar lembrei de uma história que seria cômica se não fosse trágica que aconteceu logo que eu comecei a trabalhar. Fui atender um cliente em um hotel no Flamengo, que estava no Rio por apenas alguns dias. Um cliente assíduo passou meu contato para ele e acabei aceitando o serviço. As coisas foram combinadas como sempre são, passei pelos cuidados femininos, me arrumei, coloquei um vestido preto e fui ao encontro do moço. 

Chegando no hotel esperei no lobby que ele descesse ou que me mandasse subir. Ele estava atrasado e eu odeio cliente atrasado. Dez minutos depois o concierge mandou que eu subisse ao apartamente onde ele estava. Pela olhada que ele me deu, provavelmente sacou qual  era o motivo da minha visita. Ao abrir a porta fiquei impressionada. O Sr. M. era um gato! Pensei que talvez a noite fosse ser mais interessante do que eu havia imaginado e me desestressei um pouco pelo atraso dele. Entrei, ele me ofereceu uma bebida e eu aceitei um wisk. Black Label, 12 anos, puro malte, perfeito. Bom, indo pros finalmentes o cara pediu que eu fizesse um strip para ele e eu fiz. Olhos nos olhos, sumiu o vestido. Depois foi a vez do sutiã e quando vi estava só de calcinha, com o elastico da cinta-liga, meias pretas 7/8 e saltos. Sentei sobre ele, rebolei e não conseguia sentir o cara duro de jeito nenhum. Tirei o resto da roupa, beijei seu pescoço, fiz de tudo para excitar o cara e nada. Foi quando percebi que ele estava chorando! Assim, não chorando de soluçar nem nada, mas lágrimas timidas corriam do canto de seus olhos. Isso nunca havia me acontecido antes. Fiquei meio sem saber o que fazer e ele morrendo de vergonha foi pro banheiro. 

Quando retornou, colocou o roupão nas minhas costas, agradeceu e disse que eu estava liberada. Ah, mas sair dali sem saber o que tinha acontecido é que eu não ia. Discrição é minha regra numero um com os clientes, mas eu não podia ir embora para casa sabendo que eu havia deixado um Deus grego aos prantos num quarto de hotel maravilhoso daquele e não tinha feito nada. Eu perguntei se ele estava bem, o que claramente não estava, se precisava conversar, se realmente não havia nada que eu pudesse fazer para ajudá-lo. Ele acabou me contando e eu acabei ficando de boca aberta, mas vamos lá. 

O cara era noivo de uma mulher que ele achava perfeita, a mulher da sua vida, yip, yip, yo. Pouco tempo antes do casamento ele descobriu que a noiva estava de caso com o seu melhor amigo. Juntou os fatos, viu que era realmente verdade e um dia pegou os dois no flagra, o que havia acontecido há um mês da data em questão. A situação foi tão traumática pra ele, que não conseguia mais estar com outra mulher. Só de pensar em sexo ele já ficava nervoso e ter outra mulher perto dele fazia com que ele começasse a chorar. Um amigo dele da empresa filial do Rio, que é meu cliente, achou que talvez eu pudesse ajudá-lo a tentar se recuperar desse trauma. (Otimo que além de puta, às vezes sou psicologa.) Mas por fim, passamos a noite inteira na varanda do apartamento conversando. Vimos o dia clarear juntos, voltamos para a cama e ele ficou o resto do tempo deitado entre minhas pernas com a cabeça no meu peito me contando toda a sua vida e às vezes chorando. Eu pensava naquele homem tão lindo, vulnerável e nas mulheres que às vezes não dão valor aos homens que têm. O sol nasceu e tomamos café. Eu estava exausta, mas satisfeita. Tomei um banho e coloquei a roupa de volta e me despedi dele para ir embora. Ele me levou até a porta e ficou me agradecendo horrores por toda ajuda que eu tinha dado a ele, por ter ouvido tudo o que eu tinha ouvido, que o amigo dele estava certo em dizer que eu era maravilhosa, me encheu de elogios e disse que não havia dinheiro no mundo que pudesse pagar o que eu havia feito por ele. 

Fui embora pra casa achando que nunca mais veria a figura. Três semanas depois ele me liga dizendo que estava novamente no Rio a trabalho e se eu teria um tempinho para atendê-lo. Claro. Dessa vez as coisas correram bem. Ele tinha decidido procurar um psicologo quando voltou a São Paulo e além da conversa também rolou sexo. Posso dizer que ficamos amigos. Hoje em dia, mais de um ano depois, toda vez que vem ao Rio me liga. Às vezes ele quer sexo, outras quer conversar ou só tomar um drink e relaxar, com uma musica, massagem e boa conversa. Mas além de uma mulher para satisfazê-lo, ele ganhou uma amiga. 

Bom, gente, não quis contar nada assustador logo de cara para vocês não ficarem com medo de mim, mas semana que vem eu conto algo bem picante, ok? Beijiiinhos, Blueberry. 

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