Transcendental

A noite começou esquisita. HavĂ­amos tido um momento tenso de casal na noite anterior e quando ele entrou na minha casa, todo arrumado, tudo o que eu queria era que ele me jogasse na parede para resolvermos nossos problemas da melhor forma que existe. Mas nĂ£o foi o que aconteceu. Sentamos no sofĂ¡, acendi um cigarro e conversamos. Problemas resolvidos, fui trocar de roupa para sairmos.

A noite era simples, programa de casal. Teatro, comida casa. Tem certeza? O frio, a chuva, tudo cooperava para que dormĂ­ssemos juntos, aconchegados, eu ouvindo a respiraĂ§Ă£o daquele homem, jĂ¡ que eu sempre durmo depois dele. Aquele homem que Ă© meu protetor, mas que dormindo parece um menino ingĂªnuo e indefeso.

Acabamos indo pra "casinha". Aquele motel onde a recepcionista jĂ¡ nos conhece, o garçom jĂ¡ virou amigo dele e onde tivemos tantos momentos gostosos e felizes. Roupas tiradas, deitados na cama conversando, revivendo na memĂ³ria tantas vezes que jĂ¡ estivemos ali, tantas coisas que jĂ¡ aconteceram, o tanto quanto evoluĂ­mos juntos. Ele me abraça, eu jogo minha perna sobre as dele, ele me puxa pela cintura e me dĂ¡ um beijo demorado, calmo, que dois minutos depois jĂ¡ vira ardente. Quando eu percebi eu jĂ¡ estava molhada, ele jĂ¡ estava de pau duro e roçando a mĂ£o na minha calcinha.



DaĂ­ pra frente nĂ£o prestou. Ou prestou muito, vai saber... Se jogou sobre mim e disse que queria meus seios. 'Toma o que Ă© seu por direito!' e lĂ¡ foi ele com aquela boca, aquela lingua, lambendo, chupando e mordendo o bico dos meus seios com calma e tranquilidade, me fazendo relaxar. Ficou ali um bom tempo. Em um, depois no outro. Recostou sua cabeça em meu colo e ficou ouvindo meu coraĂ§Ă£o bater. Foi descendo, beijando minha barriga e eu o puxei de volta. Eu o queria perto, queria sentir seu calor, olhar em seus olhos, beijar sua boca. E ele veio pra cima e ficou me olhando nos olhos, beijando a boca. Fomos interrompidos e quando recomeçamos eu sentei sobre ele. Sem muita pretensĂ£o. SĂ³ pra ficar ali, aproveitando, sentindo pele na pele. Mas o pau dele insistia em latejar, encostando no meu grelinho e fazendo a vontade crescer.


Fiquei por um bom tempo sobre ele sĂ³ torturando, fazendo carinho, beijando, quando finalmente permiti que ele me tomasse. Fui sentando devagar sobre o pau dele, que jĂ¡ estava com a cabeça melada de vontade e assim fiquei. Rebolando devagar sĂ³ na cabecinha, sem deixar entrar muito, acostumando meu corpo e aproveitando ao mĂ¡ximo. E quando ele fechou os olhos e menos esperou eu sentei firme, engolindo seu pau com vontade, sugando para dentro de mim, deixando-o na beirinha do desespero, como eu adoro vĂª-lo.

Sentei, rebolei, ele quase gozou, eu quase gozei. Devagar, no melhor estilo romance, metidinhas de leve, carinho, olhos nos olhos, sorrisos, eu te amo. A energia da suite era leve, pura. Nosso sexo atingiu um novo nĂ­vel, diferente, carinhoso... transcendeu tudo aquilo que jĂ¡ fizemos em nossa trajetĂ³ria e construimos algo novo, que sĂ³ funciona entre nĂ³s dois e sĂ³ nĂ³s dois sabemos reconhecer.

Devagar, com carinho, num domingo de chuva, enquanto ele me olhava, eu sorria e diziamos coisas bonitas no ouvido um do outro, eu descobri de verdade o que Ă© fazer amor. E o melhor, eu gostei. Pra um domingo de chuva, nĂ£o existe coisa melhor.

Depois veio o resto. Mas o resto, depois eu conto...

(Eu sei que esse texto foi bem diferente do que vocĂªs estĂ£o acostumados a ler por aqui, mas depois da noite e da manha maravilhosas que eu tive ontem e hoje, nĂ£o poderia me furtar a dividir esse momento com vocĂªs ou descrever de outra forma.)

Beijoselambiidas, Flux!



2 comentĂ¡rios:

  1. Quando o Amor toma as rédeas, o Sexo vira transcendental!

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  2. Cada momento Ă© especĂ­fico e cada um tem o seu valor. DelĂ­cia este momento olhos nos olhos. Fazer amor Ă© tudo de Ă³timo. Bjlhões Linda Flux ;)

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