Amarela - P. 1
A aula acabou e ficaram todos sem saber o que fazer. Sexta-feira, o dia em que os corpos jĂ¡ acordam periclitantes, esbaforidos, doidos pelos prazeres que a noite pode trazer. Decidiram ir pra Lapa jogar sinuca. E assim foram.
LĂ¡ chegando ela sorria, brincava, se sentia feliz. Olhava pra ele de leve e mexia no cabelo, mordia o lĂ¡bio devagar. Por vezes, ao fazer uma jogada, roçava o seio no braço dele ou empinava a bunda com as pernas ligeiramente abertas. Ele olhava e sorria desconcertado, esboçava um sorriso de canto de boca.
Ia dar uma da manhĂ£ quando ela falou baixinho perto dele para que ninguĂ©m ouvisse:
- Eu quero vocĂª.
Ele riu, passou a mĂ£o na cabeça e respondeu que sua casa estava vazia.
Ela fingiu que nĂ£o se sentia bem e que ia pra casa, ele, como bom cavalheiro, a acompanharia atĂ© o ponto de onibus. E de lĂ¡ seguiram para a casa dele. Pelo caminho risadas, apertos, mas nem um beijo sequer.
Chegaram na casa dele, abriu a porta, entraram. Foi o som da porta batendo que deu inicio ao que a noite prometia. Ele a agarrou pela cintura e encostou na parede, beijando com uma vontade de quem mata a sede. "Agora vocĂª Ă© minha!" e ela ofegou, enquanto ele jogava os braços dela pro alto encostando na parede e descendo a boca atĂ© o seu colo. Soltou os braços dela e passou as mĂ£os pela lateral das coxas, enquanto encostava a boca na dela.
"Posso tomar um banho?" - ela perguntou. Ele assentiu e mostrou a ela o caminho. Ela foi, tomou o banho enquanto ele fazia sabe-se la o que do lado de fora. No banho um misto de ansiedade, tesĂ£o e medo a consumiam. Mas saiu, colocou a lingerie e saiu enrolada na toalha. Ele a beijou devagar e entrou no banheiro. "Fica a vontade!" e ela sentou no sofĂ¡.
Quando ele saiu do banheiro de cueca box branca ela sorriu. A vista era deliciosa. Ele era delicioso e estava caminhando em direĂ§Ă£o a ela. Abaixou o corpo e a beijou na testa, no rosto, na boca. Tirou a toalha que envolvia o corpo dela e deixou a lingerie amarela a vista. Ele se ajoelhou em sua frente e foi beijando rosto, boca, pescoço, colo, atĂ© chegar no seios. Passou a lĂngua devagar no limite do sutiĂ£, roçando de leve no bico do seio. Ela esticou a mĂ£o e passou na cabeça dele, fazendo carinho. Continuou a descida. Barriga, ventre e chegou ao limite da calcinha. Ela se arrepiou. Ele voltou e a beijou na boca. A agonia era crescente dentro dela. A ansiedade. O desejo.
Enquanto a beijava, a mĂ£o foi escorregando devagar pro interior das coxas. Passeando pela renda da calcinha, apertando o ponto mais sensĂvel de seu desejo. Beijava devagar, mas com vontade, enquanto a tocava por fora daquele pequeno pedaço de pano. Puxou-a pelas mĂ£os e levou para sua cama. LĂ¡, pegou uma camiseta e amarrou os braços dela acima da cabeça. Beijou-lhe a boca e sorriu. Com uma gravata, vendou-lhe os olhos. Ela sentia a excitaĂ§Ă£o percorrendo seu corpo. O inesperado, a surpresa misturados ao desejo fazia seu coraĂ§Ă£o bater mais forte. Um momento de silencio e ele parecia nĂ£o estar mais ali. Foi quando um tempo depois ela sentiu algo frio percorrendo seu corpo. Um pedaço de gelo misturado Ă lingua dele brincavam em sua barriga, sua boca, seu quadril. Ele tirou devagar o sutiĂ£ dela e passou o gelo no bico dos seios. O gelo acabou e ele colocou o bico direito na boca. Ela gemeu. Continuou explorando o corpo dela com a boca e lingua. A cintura, a lateral do corpo, por vezes voltava e a beijava na boca. O corpo dela pedia, implorava por mais.
Quando chegou na calcinha, tirou delicadamente. Pronto, ela estava completamente nua e indefesa pra ele. Naquele momento ele faria o que quisesse com ela pra dar e ter prazer. Uma nova pedra de gelo passeando pela barriga, descendo, descendo, atĂ© que no quarto sĂ³ se ouvia gemidos abafados. Ele passava o gelo na ponta da boceta e alternava com a lĂngua. Ă€s vezes enfiava a lĂngua lĂ¡ dentro sĂ³ pra sentir o gosto molhado dela. Voltava com a boca babada com seu sabor e a beijava, continuava o que estava fazendo. Passeava a boca e as mĂ£os por cada centĂmetro do corpo dela. Ficou assim por um bom tempo. Quando via que ela estava chegando no limite, parava. Ela implorava por mais. Ele continuava. Acariciava suas pernas, passeava a mĂ£o pelo seu corpo, enfiava um dedo dentro dela. Ela gemia desesperadamente. Ele continuava, atĂ© que em um desses momentos as pernas tremeram, ela gemeu forte, o corpo retesou, ela gozou. O corpo jogado na cama, mas mesmo assim ela ansiava por senti-lo dentro de si. Pelo que conseguia perceber, ele parecia estar se levantando. Levantou da beira da cama e sobrepĂ´s seu corpo ao dela, beijando-lhe a boca e soltando uma pequena pedra de gelo em sua boca, que escorreu pelo pescoço. A camisinha jĂ¡ estava posta e com ela amarrada e vendada, com as pernas abertas, ele a penetrou.
Parecia que ela ia gozar novamente. Seu corpo tremia de leve. Ele metia devagar, num ritmo constante enquanto dizia coisas deliciosas ao seu ouvido. Ela adorava ouvi-lo falar. Falar qualquer coisa, mas principalmente o que ele gostaria de fazer com ela, o que estava sentindo ao estar dentro dela, tudo. Ficaram assim mais um tempo atĂ© que ele tirou a venda, soltou-lhe os braços e a virou de bruços. Ela nĂ£o aguentou e ficou de quatro com a bunda bem empinada pra ele, que chegou por baixo e foi lambendo do grelo atĂ© o cuzinho de uma sĂ³ vez e depois meteu fundo e devagar, sentindo cada pedacinho seu escorregar pra dentro dela. Um gemido alto. Na verdade dois. Um dela e outro dele. Metia devagar e fundo enquanto apertava a cintura e a bunda dela. Ela rebolava e fazia o dragĂ£o que tinha tatuado nas costas dançar. Ele parecia se mexer junto com os movimentos dela, fazendo parte daquele cio a dois. NĂ£o tardou muito nessa dança pra que ele gozasse. E gozou com vontade, tremendo, apertando o corpo dela e caindo sobre a cama com ela abraçado.
Ficaram ali juntos por pouco tempo. A fome bateu. Ela pediu uma blusa dele emprestada e foi atĂ© o banheiro se lavar. Depois vestiu a calcinha. Foram para a cozinha comer entre risos, beijos, abraços e brincadeiras. Comeram qualquer besteira. E ela olhou o relĂ³gio: 3:37 da manhĂ£. Lembrou-se da foto da vista da varanda a noite que ele havia mandado. Era linda. E entĂ£o a varanda os aguardava. Mas ainda tinha muita noite pela frente e muito tesĂ£o pra gastar...
(continua)
Nenhum comentĂ¡rio:
Prazer indescritĂvel ter vocĂªs aqui, mas antes de ir, conte-me seus segredos.