O tempo passou...

Ele já apareceu por aqui antes. Sob a pele de um lutador de jiu-jitsu que possui o corpo mais perfeito que eu já vi. É um grande amigo. Independente de já termos saído, ou não, somos amigos. Nos conhecemos bem, já que somos dois exímios jogadores. Aquele sorriso de canto de boca que demonstra as mais loucas estratégias sendo criadas na mente. 

Nos encontramos para uma cerveja. Música rolando no bar, Bohemia gelada, risadas e lembranças. Aí a conversa começou a tomar um rumo perigoso, o passado toma o lugar das risadas e os jogos recomeçam. Ele dizia uma coisa, eu dizia outra e as cartas foram sendo viradas. A mania dele de falar olhando pro nada que me irrita e deixa claro que por baixo existe a mentira ou a vergonha de assumir. Tapou minha boca com um beijo. Daqueles de filme, que eu nunca esperava que ele fosse capaz. Ali, a céu quase aberto, com uma velocidade e força que me perdi naquela boca. Um beijo com vontade, lábios ávidos buscando algo que talvez tivesse se perdido em meio ao tempo. Mas não, não se perdeu. Por trás de tudo aquilo eu ainda via o mesmo homem carente, incompreendido que eu sempre vi. 

Mas naquela noite isso não importava. O tempo parecia não ter passado, a vontade continuava presente e tudo conspirava a nossa favor. Bebemos mais um pouco, conversamos, fomos embora. Ia me deixar de moto em casa quando no inicio da minha rua eu apontei para o motel e mandei que entrasse. Virou o rosto para trás e eu vi o brilho dos olhos dele pelo capacete. Entrou e perguntou se eu tinha certeza. Eu ri aquela risada larga, relaxada como se ele ainda não me conhecesse... 

Entrei e fui pro banho. Para minha surpresa, desta vez ele veio atrás. A água quente escorria pelos nossos
corpos e nos beijávamos com vontade. As bocas que dançavam pelos corpos molhados excitavam e enlouqueciam. Ele abaixou, colocou minha perna esquerda em seu corpo e passou a lingua devagar entre minhas coxas. Eu gemi. Lambeu, chupou, enfiou um dedo devagar. As forças
das pernas iam sendo sugadas a cada contato da lingua dele com meu corpo. Levantou e pediu pra que saíssemos dali, eu concordei. Perto da cama me jogou sobre o colchão e abriu minhas pernas. Foi beijando meus pés, pernas, subiu pela cintura, passou a língua nos meus seios e beijou-me a boca. Enquanto me beijava, enfiava um dedo devagar dentro de mim e apertava seu corpo contra o meu. Quando menos esperei, escorregou para dentro de mim de uma só vez, segurado minha cintura e rebolando. Entrou e saiu o quanto quis, me fazendo gemer e gozar.

Colocou-me por cima e pediu que o cavalgasse como só eu fazia. E eu fiz. Os bicos dos seios duros, a boca sendo levemente mordida, o corpo subindo e descendo com ele dentro de mim. O gozo forte, o gemido lânguido. Mas ele não queria parar. Virou de ladinho e ajoelhou na cama, enfiando-se dentro de mim. Mas o resto eu conto depois... 

Beijoselambiidas, Flux!










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