Passado

Ela nunca havia entendido o que ele viu nela. Quando a conheceu, ela estava descabelada, se sentindo pĂ©ssima, na porta do mercado aguardando um uber. Ele atravessou a rua, anotou seu telefone em um papel e entregou a ela dizendo "vocĂª me encantou e eu queria te conhecer, se vocĂª me der essa oportunidade". 

Mal sabia ele que a estrada da vida a levaria pra longe e trĂªs anos passariam atĂ© que se vissem novamente.
Marcaram num bar que ela gosta e se sente segura. Quando ela chegou, de vestidinho amarelo parecendo luz, ele jĂ¡ estava sentado na mesa e a mesma cara de encanto, de tres anos atrĂ¡s, se fez presente. VocĂª tĂ¡ linda! Beijinhos, abraço, eletricidade no ar. Talvez, se dependesse dela, eles estariam bebendo em outro lugar. Mas vamos com calma pra nĂ£o assustar...


Papos, risadas. Falaram da vida, de mĂºsica, de filmes e tudo mais que coube na mente. A troca de olhares penetrante, peles que se encostavam despretensiosamente e o calor que tornava tudo mais quente.
Quando ele menos esperou, ela se aproximou de seu ouvido com um sorriso malicioso e disse "eu quero vocĂª, e agora"? Foi o que ele precisava ouvir. Segurou o pescoço dela devagar e roçou seus lĂ¡bios em seu rosto atĂ© encontrar os dela e as bocas se encontraram. Foi um beijo carinhoso e quente, daqueles que faz derreter aos poucos e prenuncia o encaixe na entrega.
"Vamos?" "Sim".

 
Uber, pediram o quarto, subiram. Ela, como sempre, correu pro banho. A velha mania de tomar banho sempre que chega ao local, mesmo que tenha saĂ­do de casa. Ele a seguiu.
A Ă¡gua escorria pelos corpos enquanto as bocas se encontravam. As mĂ£os passeavam exalando o cheiro do sabonete pelo ar que se misturava no vapor quente. O toque dele era macio e com a pressĂ£o certa pra parecer que ele nĂ£o deixaria ela fugir, nem que quisesse.

 
SaĂ­ram do banho. Ele pediu que ela deitasse na cama que queria olha-la. Ela sorria enquanto, abusada, abria as pernas devagar.  Enquanto ela acariciava o prĂ³prio corpo com uma mĂ£o, a outra segurava o beck que compartilhariam. Aos poucos ele foi se aproximando. As mĂ£os passearam nas pernas dela, subiam pelas coxas, ventre, seios... Os olhos se cruzavan e uma sensaĂ§Ă£o de familiaridade no ar tornava tudo muito tranquilo. As pessoas diziam que ela tinha essa capacidade de deixar todos muito Ă  vontade nos momentos mais desconfortĂ¡veis, inclusive na cama, na primeira vez, ou no olho do furacĂ£o.

 
A lĂ­ngua foi lambendo dos pĂ©s atĂ© chegar na fenda da virilha, onde permaneceu por algum tempo. Brincou, provocou, atĂ© que encontrou o meio de seu corpo devagar e foi explorando sem pressa, com cuidado e dedicaĂ§Ă£o. Ela fumava, passava pra ele e gemia. Gemeu mais fundo quando ele encontrou o grelo pequeno molhado e seguiu a tortura enfiando um dedo enquanto chupava. "Assim vocĂª me fode!", ela rangeu entre dentes. E era isso que ele queria. Queria vĂª-la gozar em sua boca, tremer o corpo enquanto a respiraĂ§Ă£o falta e o coraĂ§Ă£o acelera pra depois ficar mole aos desejos dele. Quando foi chegando perto de gozar, abriu bem as pernas e apertou o bico dos seios. Os olhos dele brilhavam. SeduĂ§Ă£o e encanto. Gozou arreganhada, melada e sedenta por mais. Sentia a boca vazia e sentia fome dele.

 
Devagar, foi engatinhando atĂ© estar de frente pra ele. Beijou-o e sentiu seu prĂ³prio gosto na lĂ­ngua dele, pra depois descer lambendo peito, barriga e passar direto pras bolas. Sim, ela pulou o pau e ele se surpreendeu. Uma bola na boca, carinho, massagem, depois a outra. Ele jĂ¡ tĂ¡ a duro que nem pedra. A cabeça do pau brilhava enquanto ela brincava com o corpo e os sentidos dele. Quando acabou com as bolas subiu devagar a lĂ­ngua atĂ© a cabeça, lambendo toda a extensĂ£o daquele pau atĂ© colocĂ¡-lo na boca. Ele estremeceu. Apertou os olhos, "PUTAQUEPARIU" enquanto ela chupava com vontade e cuidado. Ficou ali e brincou de vĂª-lo em desespero. Era quase divertido, mas ela queria mais. Queria senti-lo dentro dela e experimentar aquela eletricidade de novo.

 
Sentou sobre ele rebolando devagar enquanto ele escorregava pra dentro dela. Rebolou na cabecinha atĂ© senti-lo todo dentro de si. Pra ele, assim era foda. Dificil manter o controle. Girou o corpo e a jogou na cama ficando por cima. Assim ele podia controlar melhor o prĂ³prio prazer.
A cada estocada ela parecia se entregar mais. Mais entrega, mais gemido, mais prazer. Enquanto ele metia, apertava o grelo melado intumescido. Ela nĂ£o duraria muito assim. Ele jogou sujo e colocou as pernas dela em seus ombros, mantendo o corpo ereto enquanto a penetrava fundo. Ali foi a derradeira. Ela nĂ£o aguentou. Gozou gemendo e arfando buscando o ar que nĂ£o vinha. E ele, vendo aquela cena, ela entregue, descabelada, no auge do seu momento fĂªmea, gozou tambĂ©m.
...
No céu, o sol despontava. Era hora de acordar.

Um comentĂ¡rio:

  1. que delĂ­cia de texto...me imaginei lĂ¡, ao lado deles, vendo-os transar.

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