O ritual

Eu nunca fui uma pessoa que tem tesão em orgia. Assim, nunca foi uma fantasia que atiçasse minha mente e deixasse a boceta encharcada.
Acho que isso porque sexo pra mim é x1. Pode até rolar um 2x1, mas muito especificamente.  Pensar ser penetrada por dois homens não é algo que me dê prazer. Ou ter dois homens gozando sobre mim. Ou ainda um me comendo depois do outro.
Sexo pra mim, por mais safado que seja, é um ritual uma oração corporal. É um corpo, literalmente, acordando seus sentidos por outro. E aí acaba que sexo com muitas pessoas se torna algo vazio, muita mistura de energia e incapacidade de dispender a energia que eu gostaria de dispender num sexo.
Mas hoje foi isso que atiçou minha mente.



Meu corpo deitado sobre uma mesa gelada e vários corpos ao meu redor. Línguas, bocas, peitos. Meus olhos vendados me impedem de reconhecer rostos, mas os toques se faziam distinguir entre femininos e masculinos. Bocas mordiscando os bicos dos meus seios e línguas passeando em meu ventre enquanto uma boca chupa meu sexo. Duas mãos passeiam em minha coxa, subindo. De leve, um dedo toca meu sexo, abrindo caminho adentro.  Meu ventre se contorce e minha coluna estica enfiando os seios ainda mais na boca de meus algozes. A boca some.

O dedo brinca e escorrega enquanto a respiração começa a falhar. As bocas passeiam por cada pedaço do meu corpo enquanto outro dedo força sua entrada por trás. Agora eram dois. Não tardaria gemer alto e implodir num gozo extremo. Uma boca beija a minha. Era uma boca cheia, dessas com carne. Quente. Ligeiramente salgada, língua macia. A boca some. E a respiração faz caminho até meu sexo. Seria a mesma boca? E chupa com vontade. Sim, era a mesma boca. Era meu gosto que eu tinha sentido naquele beijo.


Os dedos torturam. Entram e saem com vontade de quem está se segurando para não perder o ritmo. Mais um pouco é o que falta... Grunhidos, gemidos, as pernas trêmulas... Êxtase, gozo. Assim mesmo, com vírgula porque ainda não acabou. A cabeça de um pênis passeia em minha boca seca. Alguém cospe em minha boca ao mesmo tempo em que o pau entra em minha boca. A língua lambe devagar enquanto outro dedo espanca meu grelo. A sensação é quase de desespero. Uma boca chupa um peito, enquanto outros pares passeiam sobre mim. Definitivamente era um ritual. Um ritual pro meu prazer.



Quanto mais forte eu chupava, mais o dedo brincava até que eu já estava à beira de gozar de novo. E então tudo parou. Alguém me pega no colo e me levanta, guiando meus passos até uma cama macia. E ali, sozinhos, ele me come vigorosamente. Cada veia da pica grossa escorregando devagar pra dentro de mim, enquanto um dedo dele está na minha boca. Depois outro no meu grelo, apertando o bico do peito. Ele esta se fartando de mim em todos os sentidos. Por vezes a boca dele passeia nos meus seios, outras ele tira a pica e lambe minha boceta. E aí eu gozo de novo e ele recomeça, permanecendo assim até eu não aguentar mais.
Um ritual. Ao prazer. A mim.

Um comentário:

  1. Que delícia de texto. Parabéns pelo blog. Gostamos bastante.......voltaremos sempre

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