Na boca

Eu não estava esperando por aquilo. O áudio chegou e eu apertei o play. Foi quase instantâneo. Ouvir aquela voz acionou algo em mim que fez minha boceta inchar na mesma hora. Sentada na cadeira eu podia sentir a umidade preenchendo meu ventre que pulsava e latejava muito leve. Eu estava excitada. Eu estava completamente excitada, molhada, melada, derretida com a voz dele. 

Ouvi a primeira vez. Ouvi a segunda. Era quase inacreditável que ele tivesse esse poder que ninguém nunca teve. O de me excitar apenas com a voz. Mas era real. Eu estava encharcada, daquela forma que se estivesse sem calcinha em pé, escorreria perna abaixo. De início o pensamento foi "que porra é essa?" Mas aí eu me entreguei àquela sensação deliciosa que fazia minha pele formigar e o sorriso malicioso estampar o rosto. 

Era meio da tarde e eu estava em casa sozinha. Levantei da cadeira e deitei na cama com as pernas bem abertas. A mão tocava o sexo com vontade apertando o grelo devagar, que escorregava de tão molhada a boceta. Enfiei o dedo fundo desejando que fosse o dele enquanto falava putarias deliciosas em meu ouvido. Não precisava me foder. Não era sobre foda, era sobre o meu prazer exclusivamente e não a troca que existe no ato sexual. Era sobre vê-lo com tesão ao me dar tesão, ao se dedicar exclusivamente ao meu tesão. Tem dias que estamos egoístas, não? 

Tirei o dedo e rocei o grelo devagar naquele lugarzinho que só eu sei. É quase automático e a voz dele me levou perto do limite. Não demorou cinco minutos e eu gozei pensando naquela voz, tremendo as pernas sem controle e sentindo o ventre vibrar com a força involuntária que uma gozada tem.

Estiquei o corpo meio bêbada de prazer porque é essa a sensação que a voz dele me causa. Levantei da cama e senti escorrer perna abaixo o fruto melado do meu gozo. Escorreu e pingou. Mas eu queria, mesmo, era que pingasse na boca dele. E ele nem sabe. Ou sabe?

* Foto deliciosamente roubada da Nega.