Quero...

 Eu estremeci quando, no carro, senti seu dedo acariciar meu grelo devagar, e aumentar o ritmo, cada vez mais rápido, me deixando à beira do precipício. 


Dedos habilidosos escorregavam pela pele macia e melada, enquanto a língua e a boca atiçavam o seio devagarinho. A luz do poste iluminava só o suficiente pra que eu pudesse ver sua língua passeando no bico enrigecido, você de olhos fechados e o som dos meus gemidos aliados ao samba que ecoava pelo rádio. Você tomou seu tempo em adorá-lo, lambendo cada milímetro bem devagar, com tanto cuidado e carinho, em uma cena linda que parecia quase uma oração. Vez ou outra um "que delícia" escapava da sua boca feito reza bendita e me deixava ainda mais molhada. 


Por vezes, minha língua encontrava a cabeça do seu pau, suas bolas, e eu te engolia todo fazendo jogo duro. Não era pra te chupar ali. Chupada é coisa séria. Deve ser feita e recebida com conforto e dedicação, envolver o resto do corpo, permitir que se relaxe e aproveite. 




Pensei em parar de resistir quando seu dedo me penetrou devagar. Rebolei nele pensando ser no pau, sentindo você dentro de mim e a cada - minha puta - a vontade só crescia. Sua cabeça recostada no meu colo, enquanto eu te acariciava devagar e sua língua espancava meu desejo no bico do seio. Gemi quando seu dedo entrou bem fundo me tirando o ar, arrancando um gemido alto. 


'Papo de homem e mulher' dava o tom da conversa e os vidros embaçavam. A noite escura era testemunha do nosso prazer e suas mãos passeavam pelo meu corpo sob o vestido, acariciavam minha pele e nossos olhos se encontravam, num misto de tesão, desafio e carinho. 


- A partir de hoje você é minha puta e sempre que eu te encontrar, quero ver se você está molhada, - saiu num quase sussurro da sua boca. 


Senti seu dedo escorregar de dentro de mim e, ainda melado, encontrar sua boca. Meu gosto escorreu pela sua língua e você pediu mais. Era perceptível o quanto você queria me sentir, provar meu gosto na fonte, mas um pouco de tortura mantém a cabeça e o ego em dia.

 

Gostosa pra caralho acaba comigo - olha que mulher gostosa pra caralho que eu vou comer - é, sem dúvida, delicioso de ouvir. Quero ouvir isso quando você estiver me chupando, matando sua vontade de sentir meu gosto escorrendo pela sua língua,  prestes a me comer e me fazendo gemer igual uma putinha dengosa. 


Quero te ouvir gemer e me apertar, se deliciar com meu corpo, suas mãos percorrendo minha pele macia, atiçando meus sentidos, acariciando minha vontade. Matando esse desejo de tantas vezes que me peguei pensando em você, no quão delicioso deveria ser e nesses olhos puxadinhos e brilhantes, nesse sorriso safado e nos abraços que trocamos nas vezes em que nos vimos. 


Meu corpo quer e denuncia, agora mesmo, o quanto. 



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