Incógnita

Ainda agora eu sinto a buceta latejar. Uma gozada forte não foi suficiente pra saciar meu desejo de você. Pra aplacar da minha mente a vontade crescente se sentir seus dedos atiçando o bico do meu seio de novo. 

Peguei o consolo e o lubrificante e deitei na cama com as pernas bem abertas. Já havia dois dias que eu estava cultivando esse tesão latente em mim. Por vezes, despretensiosamente, o grelo vibrava pra me lembrar do objeto do meu desejo, me deixando pronta pra te receber, como se você estivesse ali. 

Com as pernas bem abertas, abri o gel e deixei a boceta melada. Não gosto de toque seco no grelo, nem pra começar.  Escolhi um filme que foi apenas a desculpa, pois a lembrança da sua boca na minha foi suficiente pra melar a pele quente. Senti, aos poucos, a carne relaxada enrijecer, à proporção que eu ficava mais e mais melada. 

A mente flutuava na sua direção, em nossos corpos dançando e roçando um no outro, sua coxa tocando meu sexo enquanto eu rebolava, minha boca lambendo e mordendo seu pescoço, na vontade que eu senti de te dar ali, em meio a todos na pista de dança. Nos olhares devassos e curiosos de quem não nos entende e fica tentando captar do que se trata, enquanto nossos corpos eram embalados pelas músicas, mesmo que com outros corpos, aproveitando do tesão que construímos. 

Viajei num beijo de surpresa que - confesso - me deixou atônita. Demorei uns 3 segundos pra entender que estava te beijando. Lembrei da sua língua lambendo meu colo, buscando meu seio, suas mãos me acariciando enquanto o motorista assistia e a imaginação tratava de finalizar o que não finalizamos. O dedo roçava o grelo devagar, rápido, com vontade, te imaginando ajoelhado à minha frente, me chupando, lambendo, enfiando sua língua em mim. Por vezes, quase conseguia enxergar sua boca enjaulando o bico do meu seio, me fazendo gemer, torturando meu desejo. Ou, ainda, seu dedo me penetrando enquanto sua língua atiçava meu grelo, me fazendo implorar por você dentro de mim. 

Gozei. Finalmente. Corpo tremendo, respiração arfando e ventre latejando de tanto tesão. Queria mais, mas a força não veio. O grelo também já estava muito sensível. O consolo nem teve tempo de entrar na brincadeira. A gozada foi tão forte que reuni minhas últimas energias nesse escrito, virei pro lado e dormi. 

Acordei com vontade de você e pensando no perigo que é a incógnita do jogo jogado a dois. Quem perdeu, quem ganhou?