Nocturnal

É sempre noite quando seu corpo cede aos meus apelos e realiza meus desejos. Noite no cĂ©u, na pele, nos fios negros que se fazem moldura pro seu sorriso, nos olhos que, fechados, fazem dos outros sentidos mapa pro nosso prazer. 


Seu toque atiça minha pele e sua boca cobre a minha. Sua lĂ­ngua quente percecorre a minha, desce pelo pescoço, brincando, saboreando meu gosto enquanto suas narinas captam meu cheiro. Entre um - minha cheirosa - e a boca que segue seu caminho, nossos corpos colados denunciam que seu prazer jĂ¡ se faz pronto, teso, seta que aponta pro infitino limite da possibilidade do gozo.


 De costas pra vocĂª, suas mĂ£os passeiam em minha cintura, sobem para meus seios, pressionam os bicos e descem apertando meu sexo. VocĂª me empurra e me bota de quatro, traçando um caminho com a lĂ­ngua pelas minhas costas atĂ© encontrar-se perdido no que vocĂª nĂ£o resiste. Lambe meu cuzinho, enfiando a lĂ­ngua devegar enquanto o dedo atiça o grelo, se alimentando dos meus gemidos e preparando o terreno pra te receber. 

 

VocĂª roça a cabeça do seu pau nos meus lĂ¡bios, grandes e pequenos, molhados, melados do prazer que vocĂª sĂ³ ensaiou me proporcionar. Gira meu corpo e abre minhas pernas. Minha mĂ£o, involuntariamente, encontra a pĂ©rola do meu corpo, aquela que denuncia o prazer, e vocĂª olha como quem assiste um espetĂ¡culo. Olhos sedentos, boca cheia d'Ă¡gua, vocĂª se rende ao meu gosto escorrendo pela sua boca, lambendo, mordendo, sugando. Arrancando gemidos onde antes morava a expectativa, tornando meu sexo desejoso por te receber. 


- Fica de bruços pra mim que eu quero te fuder gostoso. 


Obedeço, afinal, nĂ£o teria outra opĂ§Ă£o. De bruços, sinto vocĂª encostar na portinha e escorregar, devagar, pra dentro de mim. Meu corpo se acostuma ao seu e vocĂª aumenta um pouco o ritmo. NĂ£o demora muito e o quarto Ă© tomado por nossos gemidos, a medida que vocĂª mete, rebola e enfia o dedinho no meu cu pra me atiçar. 


G-O-S-T-O-S-A-D-O-C-A-R-A-L-H-O




Entre o "minha, puta, safada e gostosa" que sua voz seduz em minha orelha, arfando, nĂ£o existe outra possibilidade a nĂ£o ser gemer e me entregar. Mete mais fundo, mais forte. 


- Quer gozar pra mim igual a uma putinha gostosa, nĂ©? 


Vira meu corpo e abre bem minhas pernas. Segura minha cintura com força, eterno caminho da minha perdiĂ§Ă£o, enquanto minha mĂ£o roça o grelo devagar. A outra mĂ£o cobre a boca pra esconder a sinfonia do prazer noturno que denuncia ao mundo nosso desejo. 


Gozo, entregue, intenso, pernas esticadas atrĂ¡s de vocĂª, gemendo, tremendo, sentindo o ventre contrair e ansiando por mais. VocĂª segue seu ritmo que me desespera, me joga Ă  beira do precipĂ­cio de novo, incontrolĂ¡vel desejo de explodir sentindo vocĂª dentro de mim. 


Denso, firme, forte, fundo, seus olhos me penetram junto com seu pau, fazendo da escuridĂ£o nossa companhia. Prazer noturno que encontra caminho onde pode ser, mas se deleita quando aninhado em meus seios e encaixado em minha cintura. 

Piranha gostosa. 

NĂ£o resisto. Pulo de novo do alto do morro que construĂ­mos com nossos prĂ³prios corpos. Parece terremoto, mas Ă© o sĂ³ prazer que vocĂª me dĂ¡, sem amarras, sem dor, em lĂ¡grimas sĂ³ por nĂ£o conter tamanha energia que nem meu ventre comporta, cada vez que sinto cada centĂ­metro seu escorregando dentro de mim. 


Beija minha boca e me abraça, aninhando meu corpo no seu, sĂ³ pra meter mais fundo e me tornar sua presa, imĂ³vel, rendida. Fera no cio, caça, caçador. Me domina envolvida em carinho e posse, mesmo que momentĂ¢nea. Deixa a noite ser testemunha do que nossos corpos sĂ£o capazes quando o prazer Ă© a Ăºnica estrela que brilha no cĂ©u. 





Um comentĂ¡rio:

  1. Intenso... e qualquer ofensa pelos "putinhas" que saem nessa hora sĂ£o deixados de lado. É prazer, puro e simples. Algo primitivo.

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Prazer indescritĂ­vel ter vocĂªs aqui, mas antes de ir, conte-me seus segredos.

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