Reviver

Na zona norte da cidade, em um quarto de motel à meia luz, Marina sai do banheiro usando meias sete-oitavos, luvas, calcinha e sutiã pretos. Ela era dessas que gostava de agradar, se embalar como presente para ser, delicadamente, desembrulhada pelo seu objeto de desejo. 


Ao ver aquela que antes parecia uma mulher firme provocando seus desejos, agradeceu por estar ali, pela possibilidade de vê-la se transformar em gata no cio. Rodrigo, já está só de cueca, esperava pelo momento com o qual fantasiava há quase um ano.

Caminhou até ele com toda a sensualidade que suas curvas lhe deram, remexendo os quadris e lambendo os lábios. Passou a mão em seu rosto e lhe beijou levemente a boca, dirigindo-se ao outro lado do quarto e pegando uma cadeira. Voltou-se para ele esticando o braço esquerdo e ordenando que sentasse na cadeira. Ele obedece e senta. 

Nina, como ele a chamava, dança em volta dele aguçando seus sentidos e observando os mínimos detalhes de sua expressão. Levanta a perna direita e a apoia sobre a dele, quase esfregando os seios em seu rosto, reclinando o corpo e tirando uma das meias. Abaixa a perna e o corpo, empinando a bunda com as pernas quase abertas e tira a outra, jogando sobre o rosto dele. Lambe suas orelhas, excita todo o seu corpo e tira o sutiã, ficando só de calcinha.

Enquanto isso, ele, no limiar de excitabilidade, admira as belas formas daquela mulher que, em poucos meses, quase o havia deixado quase paranoico de tesão. Perdera as contas de quantas vezes havia apertado o próprio pau e jorrado de prazer no banho imaginando a boca dela em seu corpo.  

Nina sabia bem como instigar um homem sem nem tocá-lo, apenas exercitando suas artimanhas de sedução. Balançava seus cabelos negros amarrados de um lado para o outro, até que sentou-se sobre Rodrigo com as pernas bem abertas. Lentamente e sem tirar os olhos dos dele, tirou a fita que amarrava seus cabelos e puxou os braços dele para trás, amarrando-os. Esfregou o corpo de leve sobre o dele, que já exibia uma ereção dura sob o pano. 

Vendou-o e pegou a garrafa de vinho que estava sobre a mesa. Tirou a calcinha e passou a mão em seu sexo quente e latejante, jogando vinho sobre Rodrigo, lambendo seu peitoral, seu abdômen. Desceu o corpo e puxou a cueca, libertando o pau duro e forte como uma pedra. Segura com força, mas não muita e passa a lingua devagar na cabeça. Chupa devagarinho, lambe, aperta, geme aumentando a intensidade da chupada até que o sente estremecer.

Rodrigo, ainda vendado, delira e respira ofegante querendo ter alguma reação, mas não pode. Só resta se entregar e tentar resistir para não deixar seu leite escorrer pela lingua dela. Ela levanta e manda que ele abre a boca. Coloca o seio direito na boca dele, que lambe devagar. "Abre a boca", ela quase briga. O líquido rubi da garrafa é jogado do alto do seio, escorrendo pelo bico e caindo na boca dele. Ele bebe, lambe e engole, escorrendo um pouco pelo seu corpo. Faz a mesma coisa com o outro seio e depois o beija. Nina senta sobre ele encaixando seu corpo e sentindo um prazer fervoroso quando o pau puro pressiona o grelo, rebolando devagar, sentindo um arrepio subindo pela espinha. O movimento continua até que ela, sem levantar, o beija, tira a venda e desamarra Rodrigo.

Em súbita força, ele a pega no colo e põe na cama, permanecendo por cima dela. Agora era o momento dele torturá-la e ter livre acesso ao seu corpo. Lambeu o lóbulo da orelha e desceu para o pescoço, por vezes lambendo o caminho que a boca traçava. Chegou nos seios e passou a lingua bem molhada em um bico, assoprando logo após. Ela arqueou o corpo e apertou as pernas. Continuou brincando com os seios dela por um longe tempo, até que seguiu descendo pela barriga com a língua até chegar na boceta melada e abrir caminho até o pinguelo pequeno. Tocou de leve com a pontinha da lingua e pressionou, descendo até encontrar a entrada completamente encharcada. Sentiu o gosto dela embeber seus sentidos, e enfiou um dedo para aumentar a tortura. Ela já gemia entre dentes e quase implorava para tê-lo dentro de si. 

Rodrigo chupava cada vez mais forte e brincava com o grelo entre os lábios, enfiando e tirando o dedo devagar. O tesão ia crescendo e, inconscientemente, ela tentava fechar as pernas e fugir, lutando contra a explosão que se formava em seu ventre. Enfiou outro dedo no cuzinho e seguiu chupando e metendo na boceta, deixando-a completamente preenchida. Sentiu vontade de colocar o pau na boca dela enquanto a chupava, dedava, deliciava...

A lingua tocou o lugar certo e os dedos faziam sua mágica quando ela soltou um urro forte, alto e descontrolado numa gozada intensa e linda. Como era linda quando gozava. Era fêmea, presa, livre, terremoto e calmaria ao mesmo tempo. 
Nina arfava buscando o ar enquanto ainda sentia a tontura pós gozo. Achou que teria tempo para se recuperar, mas estava enganada. Ele não parou. Continuou enfiando os dedos ainda mais melados e torturando o grelo sensível com a língua. Queria vê-la descontrolada de tesão até não resistir e meter fundo dentro dela. Alisou o grelo em círculos, de cima para baixo, de baixo para cima, com a língua, o dedo. Rápido, devagar, de um lado para o outro, observando enquanto ela se contorcia à sua frente. Levantou o corpo e chupou os seios, um, depois o outro, enquanto a mão seguia no grelo. Desceu novamente e chupou o grelo com força, mordendo de leve, como ela já havia dito que gostava. Ela estava perto de gozar novamente. Com o dedo todo enfiado dentro dela, sentia as contrações do útero e a boceta apertada pressionando seu dedo. Mais um pouco ela gozaria. Libertou uma mão de dentro dela e pegou a camisinha. Colocou rápido e esfregou o grelo de novo, enfiando o dedo novamente. Ela gemia alto e implorava pra gozar, do jeito que ele a queria. Nesse quase intenso, tirou o dedo e enfiou o pau de uma só vez, abrindo caminho e escorregando dentro dela, que mordia o travesseiro, descontrolada. Seguiu metendo fundo com as pernas dela bem abertas, que logo seriam colocadas para cima, deixando caminho livre para esfregar o grelo enquanto metia. Esfregou e meteu sentindo-a cada vez mais molhada, a cintura rebolando involuntariamente. Ela ia gozar. Estava escrito nos olhos dela que aquela fêmea queria sair da jaula, queria correr solta e livre em seu momento mais vulnerável. Rodrigo sentiu o ventre contrair com força e um gemido longo escapar da boca dela, que foi o suficiente para que ele se soltasse e deixasse a porra vir quente e abundante dentro dela. 
 
A respiração, o arrepio, as sensações. Sentiram tudo a dois e no mesmo instante. As duas horas de prazer terminaram em um orgasmo delirante e enlouquecedor, pra ambos. 
Ali estava seu objeto de desejo mais intenso, sua foda mais bem dada e seu acalanto nas próximas tardes de sábado.
Para ela tudo não passava de sexo e curiosidade. A realização de estar nas mãos de alguém que faria do seu prazer um joguete pros próprios desejos. 

A experiência de saber até onde sua capacidade de enlouquecer iria. As meias já estavam compradas há mais de três semanas esperando por aquele momento que parecia o mundo estar agindo contra, mas que finalmente chegou e foi tão bom o quanto esperado. Ali ela derreteu e desejou para sempre ser possuída, pra sempre, daquela forma. Entregue, livre, saciada. 

Nina desafiava, Rodrigo era comprometido, mas nada disso impediu que o vinho penetrasse em suas veias e saísse no suor da gozada que deram juntos. 


*Esse texto foi originalmente postado aqui em 2008, mas achei que ele merecia uma releitura. 

Nenhum comentário:

Prazer indescritível ter vocês aqui, mas antes de ir, conte-me seus segredos.

Tecnologia do Blogger.