Situação

Conversavam tranquilamente e os olhos quase denunciavam o que estava pensando, mas conseguia disfarçar. A mente dava voltas imaginando todas as coisas deliciosas que aquela boca faria, lembrando de quantas vezes já havia se tocado pensando nela. Pensava tratar-se de uma restrição, não situação, que impediria qualquer movimento. Parecia estar errada... Como era bom estar errada. 

Pensava na boca e no resto, porque a visão era espetacular. A presença emanava uma energia  que causava vontade de escalar aquele corpo dos pés à cabeça, com a língua. De abrir bem as pernas e se tocar para que assistisse. De torturar seu prazer rebolando devagar até o desejo se tornar incontrolável. 

No que era pra ter sido o fim da conversa, um beijo. Teve certeza da maciez daquela boca e quis provar mais. Queria passeando pela sua cintura, mordendo suas curvas e seu pescoço. Desejou as mãos, lindas e firmes, encaixadas no quadril, puxando seu corpo pra perto, a ponto de um gemido escapar da boca. Mão e cintura se juntaram, mais proximidade, a calcinha inundou. 

Vamos? Pra onde vamos? Foram. 

No banho, ensaboava aquele corpo com cuidado, massageando, sem pressa. Não carecia pressa, havia tempo. O tamanho da vontade acumulada pedia calma para aproveitar cada momento. Na cama, observava aquele corpo deitado, sentindo o ventre responder, guardando cada detalhe na memória. Ajoelhou entre as pernas e passou a pontinha da unha bem de leve, fazendo um arrepio surgir. Seguiu subindo até as coxas, por trás delas, na dobra sensível do joelho. Devagar. Sem pressa. Barriga, peito. Acariciou os pelos cheirosos, lambeu um mamilo e, descendo novamente, abriu um pouco mais as pernas. Deitou o corpo entre as coxas grossas e encaixou-se ali. 

Ansiou sentir seu gosto, mas esperaria. Deixaria o melhor para o final. A língua passeou nas bolas, devagar, chupou uma, depois a outra. Desceu um pouco, no limite do períneo e subiu de uma só vez, arrastando a língua da base à cabeça, inchada, dura, melada. Passou a língua ao redor e chupou a cabecinha. Depois engoliu até a metade. Lambeu mais um pouco e engoliu tudo. A língua quente se movimentava enquanto a boca subia e descia. O gosto dele escorria pela boca, e descia pelo pau, junto à saliva. Enquanto chupava, a mão imitava o movimento subindo e descendo. As mãos arranhavam os lençóis e as pernas faziam o movimento involuntário de fechar, enquanto beirava o desespero. 
Permaneceu ali um bom tempo, brincando, lambendo, chupando, sugando, por vezes, se tocando ao mesmo tempo. 

Estava completamente encharcada. Sentir o gosto dele em sua boca mexia ainda mais com o seu tesão, tantas foram as situações em que se imaginou com ele na boca. Os lábios seguiam seu passeio e a mão roçava o grelo de leve, e o som do gemido era abafado na boca preenchida, o que causava uma sensação de vibração interna deliciosa. Acelerou o movimento e os gemidos aumentaram. Involuntariamente, quase fodia a boca dela devagar, tentando controlar o próprio prazer, em vão. Só deu tempo de segurar pelos cabelos, e a boca foi inundada com o sabor de seu desejo. 

Pia, água, respiro. 

Os beijos passaram de calmos e intensos a avidos e urgentes. As mãos seguravam o pescoço, puxavam pelo cabelo e a língua lambia a boca. Passeavam com destreza e desejo, apertando e pressionando contra seu próprio corpo. Na cama, os dentes ensaiavam mordidas nas costas, os lábios sugavam o bico de um seio, depois o outro, e a mão tomava seu rumo ao terreno inundado. O melado escorria pela dobra da bunda e encontrava a cama, formando gotas no tecido. O dedo torturava, a língua atiçava e a vontade de rebolar na boca dele era incontrolável. A língua entrava e saía e percorria as voltas do clitóris pequeno e latejante, que desaparecia entre os lábios. 

As mãos tapavam a boca para evitar os gritos, e quando menos esperou, foi virada de bruços. Bunda pro alto, um tapa e a boca subiu até a nuca, que foi arranhada suavemente pelos dentes. De mão cheia, a voz no ouvido sussurrava "gostosa", para depois os dedos continuarem a tortura. Estava entregue em suas mãos. O dedo entrava e saía e arrancava gemidos baixos. 

A boca desceu novamente e lambeu de cima a baixo de uma só vez. Caiu de boca melando o rosto, para subir até o cuzinho e brincar na portinha. Junto, o dedo entrava e saía da boceta melada, ou roçava o grelo com cuidado. Uma leve tremida nas pernas anunciavam que logo explodiria. 

Ao vê-la deitada ali, de bruços, entregue, toda empinada, os cachos bagunçados, o rosto quase enfiado no travesseiro e os gemidos preenchendo o quarto, bateu a urgência de senti-la. Colocou a camisinha e continuou brincando, até que estivesse quase gozando, e implorasse para sentir o ventre explodindo. Meteu devagar e fundo, de uma só vez, e as pernas tremeram com força, os dentes mordiam a fronha e os gemidos escapavam entre dentes. 


Agora, sim, continuaria. Meteu mais fundo, as vezes devagar, ou mais rápido, deitou-se sobre ela e colocou as pernas em seus ombros, segurando pela cintura, ate senti-la se contorcer a cada botada devagar. Assim era covardia. Tentou tapar a boca com a mão, que foi arrancada e apertada entre dedos. "Pode gemer, geme pra mim." No talento, ela tremia sob seu corpo mais uma vez, contraindo com força a cada espasmo de prazer. Abaixou as pernas e meteu fundo beijando-lhe a boca, enquanto as pernas encaixadas prendiam um ao outro. 

O corpo pedia para continuar, já que a violência da gozada fora tanta que despertou a fêmea no cio. Queria ficar de quatro pra ele, rebolar subindo e descendo, escorregando naquela pica. Queria empinar bem a bunda, sentir as mãos dele em sua cintura, apertando sua bunda, seu corpo, e ouvi-lo urrar de tesão quando gozasse. E assim fez. Gemeu baixinho quando sentia entrar e sair e a mão ajudava roçando o grelo, contraindo e rebolando, até que o corpo pesasse sobre o seu numa gozada intensa e um urro baixo no pé do ouvido. 

Esparramados na cama, as unhas acariciavam de leve sua pele, causando arrepios, tamanha sensibilidade. Um beijo selava aquilo que não precisava ser dito, já que no silêncio cabem muitas coisas. 




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